Energia
Os megawatts e a floresta Antes mesmo da criação oficial da Votorantim em 1918, a produção de energia já acompanhava a história da empresa e vem gerando muito mais do megawatts. Uma história que tem início em um passado distante e com resultados reais no presente e no futuro. A história de produção de energia […]
Os megawatts e a floresta
Antes mesmo da criação oficial da Votorantim em 1918, a produção de energia já acompanhava a história da empresa e vem gerando muito mais do megawatts. Uma história que tem início em um passado distante e com resultados reais no presente e no futuro.
A história de produção de energia na Votorantim nos leva a 1912, quando foi inaugurada a Usina do Pilar – atual PCH Votorantim, que fornecia energia para a fábrica de cimentos e aglomerados Rodovalho, uma das empresas dirigidas por Antonio Pereira Ignácio, que assumiu, em 1918, a Sociedade Anonyma Fábrica Votorantim, dando início ao Grupo Votorantim.
Mas foi nos anos 1950 que esta produção passa por um forte ciclo de expansão, com construção da primeira usina do complexo Juquiá (SP).
E esta história gerou muito mais que megawatts.
Nos meados do século 20, a Votorantim expandia seus negócios com a criação da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) e o Brasil não possuía infraestrutura energética para o seu pólo industrial em desenvolvimento. Produzir energia para abastecer as empresas foi a força-motriz para um jornada visionária.
A partir do investimento inicial nos anos 1950 e até os anos 1990, foram instaladas usinas hidrelétricas no Complexo de Juquiá. E esta história gerou uma outra tão importante quanto para o Brasil.
Desde o início, em um tempo em que a consciência ambiental não era uma visão corrente e pouco se sabia sobre as consequências do impacto ambiental, entendeu-se que a preservação dos rios daquela bacia estava atrelada a conservação da biodiversidade local.
E a melhor maneira de proteger as águas do Rio Juquiá, que cortam o Vale do Ribeira, era comprar e proteger a maior área florestal possível às suas margens. Ao longo do tempo, uma série de propriedades de mata fechada foi adquirida no entorno do complexo energético da companhia, somando milhares de hectares, o que levou à formação da maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil.
Em 2012, esse território, foi institucionalizado como Legado das Águas – Reserva Votorantim – e passou a fomentar pesquisas científicas, recebendo pesquisadores de instituições parceiras, sedia cursos e contribui para a recomposição e regeneração de áreas degradadas de Mata Atlântica dentro e fora do Vale do Ribeira.
Como dizia Antônio Ermírio de Moraes:
“É possível crescer e preservar o planeta. Não há nada de contraditório entre crescimento e ambiente”.
Saiba mais:
Votorantim Energia
Em 1996, foi constituída a Votorantim Energia (VE), que hoje opera as 24 usinas hidrelétricas próprias e participa, por meio de consórcio, de mais 9 usinas, além
de 5 centrais de cogeração (Jacareí – SP, Três Lagoas – MG, Barra do Riacho, Aracruz – ES, Catanduva – SP e Niquelândia – GO), totalizando uma capacidade instalada de 2.604 MW.
O fotógrafo do desenvolvimento industrial
Algumas das fotografias que ilustram esta história e fazem parte do acervo do Legado Votorantim são de autoria do fotógrafo alemão Hans Gunter Flieg, que, aos 16 anos, migrou com sua família para São Paulo fugindo da política antissemita de Adolf Hitler.
No Brasil, Flieg se tornou um dos principais documentadores do desenvolvimento industrial e urbanístico que transformou a cidade em meados do século 20. Em 1945, ao abrir seu próprio estúdio, deu início a um período de quatro décadas de trabalhos comissionados para grandes empresas. Três anos depois, assinava todas as imagens do primeiro calendário fotográfico da Pirelli. Em 1951, foi o fotógrafo oficial da primeira Bienal Internacional de Arte, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Grande parte de seu acervo encontra-se hoje no Instituto Moreira Salles.