A história do concreto armado no mundo e no Brasil 

O concreto é um material usado na construção de edifícios, consistindo de uma substância particularmente dura e quimicamente inerte conhecida como agregado (geralmente feito de diferentes tipos de areia e cascalho), que é unido por cimento e água. 

Os agregados podem incluir areia, pedra esmagada, cascalho, escória, cinzas, xisto queimado e argila queimada. O agregado fino (refere-se ao tamanho das partículas agregadas) é usado na fabricação de lajes de concreto e superfícies lisas. O agregado grosso é usado para estruturas maciças ou seções de cimento. 

O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglês John Smeaton, que conseguiu obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. Em 1818, o francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial. Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland. 

 

Cimento na Antiguidade 

O cimento é conhecido por talvez ser mais antigo do que a própria humanidade, formando-se naturalmente há 12 milhões de anos, quando o calcário queimado reagiu com xisto de petróleo. Já o concreto remonta a pelo menos 6500 aC, quando a Nabatéia, região do que conhecemos agora como a Síria e a Jordânia, usaram um precursor do concreto moderno para construir estruturas que sobrevivem até hoje. A história nos conta que os assírios e os babilônios usaram argila como substância de ligação ou cimento e os egípcios usaram cimento de calcáreo e gesso. Acredita-se que os habitantes da Nebatéia tenham inventado uma forma inicial de concreto hidráulico – que se endurece quando exposto à água – usando calcário. 

A adoção do concreto como material de construção transformou a arquitetura em todo o Império Romano, possibilitando estruturas e projetos que não poderiam ter sido construídos usando apenas a pedra, que tinha sido considerada até então, um elemento básico da arquitetura romana primitiva. De repente, O uso do concreto nos arcos e a com arquitetura esteticamente ambiciosa para época, tornaram-se muito mais fáceis de construir. Os romanos usaram concreto para construir marcos ainda em pé, O uso do material também marca a civilização romana com obras visitadas por turistas até hoje, como os Banhos Romanos, o Coliseu e o Panteão. 

A chegada da Idade das Trevas, no entanto, viu essa ambição artística diminuir ao lado do progresso científico. Na verdade, a Era das Trevas viu muitas técnicas desenvolvidas para fazer e usar o concreto serem perdidos. O concreto não levaria seus próximos passos sérios até muito tempo depois da idade média ter passado.  

A Era da Iluminação 

Em 1756, o engenheiro britânico John Smeaton fez o primeiro concreto moderno (cimento hidráulico), adicionando pedras como um agregado grosso e misturando tijolos no cimento. Smeaton desenvolveu sua nova fórmula para o concreto para construir o terceiro Farol Eddystone, mas sua inovação impulsionou um enorme aumento no uso de concreto em estruturas modernas. Em 1824, o inventor inglês Joseph Aspdin inventou o Cimento Portland, que permaneceu a forma dominante de cimento utilizado na produção de concreto. Aspdin criou o primeiro verdadeiro cimento artificial ao queimar pedra calcária e argila juntas. O processo de queima alterou as propriedades químicas dos materiais e permitiu que o Aspdin criasse um cimento mais forte do que o calcário simples e esmagado que produziria. 

Na revolução industrial 

O concreto deu um passo histórico com a inclusão de metal embutido (geralmente aço) para formar o que agora é chamado de concreto armado. O concreto reforçado foi inventado (1849) por Joseph Monier, que recebeu uma patente em 1867. Monier era um jardineiro parisiense que fabricava potes de jardim e cubas de concreto reforçadas com uma malha de ferro. O concreto armado combina a resistência e flexibilidade do metal e a resistência à compressão do concreto para suportar cargas pesadas. Monier exibiu sua invenção na Exposição de Paris de 1867 e promoveu o concreto armado para uso em vias ferroviárias, tubos, pisos e arcos. 

O concreto o Brasil 

Dos estratagemas de construção existentes no país, o de concreto armado é o mais utilizado. A maior parte das edificações é realizada nesse sistema, tanto as oficializadas quanto as feitas de maneiras informais, nas periferias do nosso país. De toda a revolução da arquitetura e engenharia ocorrida no século XX no Brasil, principalmente sob o nome expoentes de Oscar Niemeyer, o concreto armado sempre foi o material construtivo protagonistas destas obras.  

Introduzido no país no início do século passado como um produto inicialmente patenteado e introduzido por empresas estrangeiras no país, o concreto se popularizou a partir dos anos 30 com a instalação de importantes empresas de cimento. é que finalmente se popularizou. Nos anos 40 finalmente o concreto armado é regimentado pela Associação Brasileiras de Normas Técnicas e já era passa a ser empregado e aplicado nas escolas de engenharia de todo o país do Brasil, se tornando o principal agente da construção civil no país.