AROMAS E SABORES
Em meio a muito trabalho, empenho, dedicação, uma pausa para a refeição ou um cafezinho. Aproveite para saborear essa história! AROMAS Pessoas. São elas que constroem a trajetória da Votorantim desde 1918. E no meio de muito trabalho, empenho e dedicação, a pausa para a refeição. Seria impossível enumerar quantas decisões, ideias e […]
Em meio a muito trabalho, empenho, dedicação, uma pausa para a refeição ou um cafezinho. Aproveite para saborear essa história!
AROMAS
Pessoas. São elas que constroem a trajetória da Votorantim desde 1918. E no meio de muito trabalho, empenho e dedicação, a pausa para a refeição.
Seria impossível enumerar quantas decisões, ideias e histórias se deram em volta de uma mesa nos últimos 100 anos da Votorantim. A comida exerce uma função social, que vai além de simplesmente alimentar. Por meio dela pode pode-se entender a cultura de um povo.
A Votorantim já esteve de alguma forma envolvida com a gastronomia. A empresa fabricava o óleo comestível Primus, feito a partir de semente de algodão. Já produziu açúcar na década de 1970 e hoje produz suco de laranja.
Na década de 1940 a Votorantim chegou a produzir um livro de receitas que usavam o Óleo Primus como ingrediente. E uma das receitas era do “Bolo Votorantim”.
SABORES
A comida reunia a todos. Antonio Pereira Ignacio gostava de ver a sua volta todos que trabalhavam com ele. Duas vezes por mês reunia todos em um almoço (segundo um funcionário da época, “muito apetitoso”!) onde se discutia a situação de cada setor industrial.
Antonio Pereira Ignacio comemorou o final da Segunda Guerra Mundial na cidade mineira de Poços de Caldas. Naqueles tempos de guerra o bacalhau era nada mais do que um suspiro de saudade. Ele alugou o então tradicional restaurante da Caixa D’água e foi para a cozinha preparar o primeiro bacalhau pós-guerra do Brasil. Entre os convidados estavam o industrial Roberto Simonsen, o então ministro da Fazenda Arthur da Souza Costa e o presidente do Banco do Brasil Marques do Reis.
No acervo do Memória Votorantim temos o registro da receita desta iguaria, chamada “Bacalhau a Pereira Ignacio”.
Ingredientes:
500 grs. de batatas
350 grs. de cebolas
5 colheres de sopa de óleo de oliva
6 ovos
2 dentes de alho
3 colheres de sopa de salsa picada
Sal e pimenta a gosto
Azeitonas pretas para enfeitar
Modo de preparo
- Coloque o bacalhau de molho em água fria, com a pele virada para cima. Deixe-o desta maneira de um dia para outro. Troque a água pelo menos duas vezes. Na manhã seguinte, retire a pele e as espinhas do bacalhau e seque-o com um pano branco de algodão limpo. Desfie-o grosseiramente e reserve.
- Lave muito bem as batatas, retire-lhes a pele e corte-as em palha. Em seguida, lave-as em várias águas. Escorra-as e enxugue-as num pano branco de algodão limpo. Reserve-as.
- Descasque e pique os dentes de alho. Reserve-os.
- Descasque e corte as cebolas em rodelas bem finas. Reserve-as.
- Coloque o óleo de oliva numa frigideira grande e leve-a ao fogo. Quando estiver quente, junto os dentes de alho e deixe-os dourar. Acrescente as batatas, mexendo sempre com uma colher de pau, para que fritem sem colar umas nas outras. Retire-as e reserve.
- Na mesma frigideira e gordura em que estavam as batatas, acrescente as cebolas.
Deixe-as dourar. Junte o bacalhau e deixe-o cozinhar por 5 minutos. Acrescente as batatas que tinham sido reservadas. Mexa bem.
- Bata os ovos (gemas e claras) e tempere com sal e pimenta. Coloque a mistura na frigideira, despejando-a lentamente e mexendo sempre.
- Acrescente a salsa picada. Enfeite com azeitonas pretas.
- Sirva bem quente.
ALMOÇOS
Durante as décadas de 1950 e 1960 os resultados da Votorantim eram apresentados aos funcionários em grandes almoços. Os diretores e acionistas realizavam discursos sempre permeados por uma grande refeição. Eram encontros de trabalho e confraternização. Em um desses almoços de final de ano José Ermírio de Moraes batizou como “Anos Duríssimos” o período em que começou a trabalhar na Votorantim:
“Duríssimos foram os anos de 1925 a 1939, anos em que somente poucas empresas conseguiram equilibrar sua situação”. (José Ermírio de Moraes)
O TREM MARMITEIRO
Outra história da Votorantim ligada a comida é o do “trem marmiteiro”. A Estrada de Ferro Elétrica Votorantim (EFEV) transportava produtos e pessoas entre Sorocaba (SP) e Votorantim (SP). Em seus trens havia uma composição que levava um vagão carregado com o almoço dos funcionários das fábricas da Votorantim – Tecidos, Votocel (celofane) e Santa Helena (Cimentos). O trem ia parando nas estações e as pessoas embarcavam somente a marmita metálica com uma plaquinha indicando o nome do funcionário e fábrica. A curiosa prática durou até a década de 1970.
Os 100 anos da Votorantim são compostos por milhares de histórias que se cruzam e formam um panorama tão agradável quanto aquela prosa ou cafezinho depois de uma boa refeição. Bom apetite!
– Cardápio noivado JEM HPM
– embalagem Óleo Primus
– Livro Receitas
– Laranja