Educação – causa centenária
Data: De 1884 a Década 1920 O que aconteceu: Ações de Antonio Pereira Ignacio e José Ermírio de Moraes relativas a educação. Fatos históricos: Origem humilde de Antonio Pereira Ignacio e relação com a educação nos primórdios da fábrica de tecidos Nascimento de José Ermírio de Moraes e ida para os Estados Unidos com 16 […]
Data: De 1884 a Década 1920
O que aconteceu: Ações de Antonio Pereira Ignacio e José Ermírio de Moraes relativas a educação.
Fatos históricos:
- Origem humilde de Antonio Pereira Ignacio e relação com a educação nos primórdios da fábrica de tecidos
- Nascimento de José Ermírio de Moraes e ida para os Estados Unidos com 16 anos.
A origem da relevância que a Votorantim dá para a educação se confunde com os primórdios da empresa. Um dos primeiros grandes investimentos de Antonio Pereira Ignacio nos primeiros anos da Votorantim foram destinados a melhoria da vila operária. Uma das primeiras obras foi a escola primária Pereira Ignacio e a creche. Os boletins dos alunos eram entregues a ele que, pessoalmente, controlava as notas. Os bons alunos iam fazer o ginásio em Sorocaba – Antonio Pereira Ignacio garantia a bolsa de estudos. Pereira Ignacio teve uma origem humilde, chegou ao Brasil aos dez anos de idade, em 1884, sem saber ler nem escrever. Esse era um dos motivos pelos quais ele dava grande importância a Educação.
“Sempre sou contrariado quando sou obrigado a escrever por meu próprio punho, porque não tive a felicidade de frequentar escolas. No entanto, no meio dos erros de ortografia, o amigo encontrará a expressão franca do meu caráter”.
(Antonio Pereira Ignacio)
Nesse mesmo período, Francisca Jesuína de Albuquerque Moraes, a Dona Chiquinha, cumpre a promessa de educar seu filho, José Ermírio de Moraes. Nascido em 1900, no interior de Pernambuco, José foi estudar na escola primária de Upatininga, antiga vila de Lagoa Seca, a alguns quilômetros do Engenho Santo Antônio, onde morava. Chegada a adolescência, José Ermírio vai estudar em Recife no Colégio Alemão. Nele o menino aprendeu as línguas alemã e inglesa. Algum tempo depois se deu conta de que a formação superior em Recife era bastante restrita. D. Chiquinha encorajou o filho e a buscar uma formação técnica nos Estados Unidos. Aos 16 anos José foi inicialmente para a universidade de Baylor, por pouco tempo, e logo depois para a Colorado School of Mines. Essa temporada no exterior trouxe efeitos benéficos para o caráter do estudante: “A lição de democracia assimilada por José Ermírio; os métodos de ensino, a religião do trabalho; o respeito pela palavra empenhada; a faculdade de ir firmemente ao objetivo, sem rodeios nem circunlóquios; o espírito pragmático; a disposição para conduzir planos até o fim, sem desanimar, incorporaram- se à sua personalidade”.
Em um depoimento de José Ermírio de Moraes, ele diz:
“Todo o sucesso que tenho tido só foi possível pela minha educação no Colorado. Quando um jovem obtém seu diploma em Golden, há muitas coisas que ele não sabe. Mas terá aprendido, completamente, como manejar e tentar resolver seus problemas, por mais difíceis que eles possam ser. Isso, eu creio, é a chave mágica. Toda a sua vida, ele vai abrindo portas pelo entendimento. Portas que, de outro modo, permaneceriam fechadas para ele. “
Mais tarde José Ermírio de Moraes doaria a Pernambuco o laboratório da Escola de Química da Universidade de recife e o prédio da Escola de Minas. Seu velho sonho de criar uma escola profissionalizante, uma escola técnica nas terras do Engenho Santo Antônio, onde nasceu, jamais se realizou.
Data: Década 1920
O que aconteceu: Antonio Pereira Ignacio ajudava Baltar financeiramente
Fatos históricos:
- O escritor português Armando de Aguiar, em seu livro “Portugueses do Brasil” cita a obra de benemerência Pereira Ignacio em Baltar.
Pereira Ignacio auxiliava a população de Baltar, sua terra natal em Portugal com diversas ações, entre elas a criação de cursos escolares gratuitos e creche. Ele construiu uma grande casa onde ficava quando ia para Portugal. Nos fundos da casa além de servir comida para crianças e idosos, um professor era pago para ensinar as crianças a ler e escrever.
Data: Década de 1930 e 1940
O que aconteceu: Posicionamento de José Ermírio de Moraes em relação a educação no país
Fatos históricos:
- O registro deste posicionamento se dá na primeira onda de diversificação e crescimento dos negócios alavancada por José Ermírio de Moraes na década de 1930.
- Compra do Colégio Liceu Rio Branco por José Ermírio de Moraes
José Ermírio de Moraes, em uma entrevista ao jornal Estado de São Paulo de 1936, já mostra sua opinião sobre a educação do país, quando comenta sobre o governo querer aumentar impostos para suprir a educação. “Quem se negará a dar a sua contribuição para que as 500 mil crianças que hoje ainda estão sem escola, possam amanhã desfrutar deste privilégio, obrigado primordial do Estado?
José Ermírio de Moraes demonstra mais uma vez sua importância com a educação quando o colégio que seus filhos estudavam na década de 1940, o Rio Branco, seria fechado por seu dono, Sampaio Dória. José Ermírio de Moraes ficou consternado com Dória falando que o colégio não dava lucro. “Colégio não se fecha! Eu compro o colégio. ” E assim José Ermírio de Moraes adquire o Rio Branco por 75 mil dólares. Pouco tempo depois ele doa a instituição do Rotary Club, seu mantenedor até hoje.
Data: Década de 1960 e 1970
O que aconteceu: Ações de José Ermírio de Moraes relacionadas a Educação enquanto Senador
Fatos históricos:
- José Ermírio de Moraes durante seu mandato de Senador (1962-1970)
Durante sua passagem pelo Senado, José Ermírio de Moraes mostrou sua preocupação com a Educação. Quando se mudou para Brasília, reformou a chácara que iria morar com sua esposa Helena Pereira de Moraes. Aproveitou o terreno que era grande e construiu uma escola, entregou para a prefeitura e pagava a professora para dar educação às crianças da periferia.
Em outro episódio, José Ermírio de Moraes se tornou amigo do Senador Eurico Rezende, que era dono da Universidade do Distrito Federal. José pediu para Eurico selecionar cinco dos melhores alunos de suas faculdades entre os de origem pobre, para que ele pudesse fornecer bolsas de estudo, até se formarem. Mas exigiu que os beneficiados não deveriam saber quem era o benfeitor.
E em 28 de outubro de 1969 José Ermírio de Moraes pronuncia seu discurso chamado “36 pontos fundamentais para a independência econômica do Brasil”. Em um dos pontos ele destaca que seria necessário criar um sistema que dedicasse 20% do orçamento da União para a Educação e 10% para a Saúde, com destaque para a educação universitária.
Data: Década 1980
O que aconteceu: Expansão do Colégio Rio Branco
Fatos históricos:
- José Ermírio de Moraes Filho a frente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, em especial na gestão do Colégio Rio Branco.
Depois da compra do Colégio Rio Branco pelo Senador José Ermírio de Moraes na década de 1940, a administração da instituição foi repassada a Fundação de Rotarianos de São Paulo. José Ermírio de Moraes Filho foi presidente da Fundação de Rotarianos por muitos anos e se dedicava especialmente ao colégio Rio Branco, onde havia estudado em 1942. José, Antônio e Ermírio tinham um carinho especial pela professora que deu aula para eles, Dona Soledade.
Data: Década 1990
O que aconteceu: Publicação da coluna de Antônio Ermírio de Moraes na Folha de São Paulo
Fatos históricos:
- Um dos assuntos mais tratados em sua coluna é o tema educação, que deu origem ao livro “Educação, pelo amor de Deus!”
O tema Educação sempre esteve no centro das preocupações de Antônio Ermírio de Moraes. Como empresário, ele mostra a importância da boa preparação profissional tanto para as empresas quanto para os jovens. Sempre apoiou projetos específicos e desenvolveu atividades de alta eficiência para a formação de bons profissionais. Como cidadão, Antônio Ermírio de Moraes defendeu a melhoria do ensino em todos os níveis visando à preparação de cidadãos capazes de exercer adequadamente o seu direto de voto em uma nação que precisa amadurecer muito a democracia e construir uma sociedade mais digna e justa.